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Aonde ninguém jamais foi.


Brent.

12 de fevereiro de 2012.

O almoço demorou a sair naquela tarde.

A família Guano estava toda reunida, à exceção de Rodrigo.

Meu irmão queria evitar encontrar Sara.

Ele não chegou dizer nada a ninguém.

Mas eu o conhecia.

Desde janeiro ele estava cabisbaixo.

Como a vítima eterna que era.

Um dia eu disse: "Não tem vergonha?"

"De que?" Ele perguntou.

"De fazer dela a errada por não te aceitar?"

"Você está feliz com isso. " Ele desdenhou.

"Por ela? Estou."

Depois desse dia ele não tocou mais no assunto.

Nem participou mais dos almoços de família.

Aquela tarde não foi diferente.

Diferente do que acontecia no passado, ela não perguntou.

Não sentiu falta de Rodrigo.

Ela estava radiante, transpirava energia.

Ela era linda.

Sara tinha os olhos mais lindos que já vi.

E, naquele dia, pareciam apontados para o futuro.

Olhavam para lugares aonde ninguém jamais foi.

Lembrei de suas palavras... Aquelas palavras.

E desejei o futuro.

Estava tão próximo, tão longe.

E eu ainda contava os dias para vê-la.

Tal qual fazia muitos anos atrás.

B. Carter.


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